sábado, 1 de dezembro de 2012

Jogos e Brincadeiras Populares



Vocês lembram de como era a infância a 15 anos a trás? Poxa, era incrível... Correr, pular, se esconder... Bons tempos. 
Então, trago um trecho de um artigo que fiz a 2 anos atrás que retrata um pouco da relação dos jogos e brincadeiras populares com a Educação Física.

Boa leitura...

Falar de jogos e brincadeiras populares nos faz voltar no tempo, lembrar de como era bom sair de casa, muitas vezes escondidos e sem autorização dos nossos pais, e correr na rua, brincar de pular corda, amarelinha, jogar bolinha de gude, polícia ladrão, pega-pega, toca, queimada, andar de bicicleta, construindo casas com cobertores e cadeiras, escorregando de meia pela casa e outras tantas brincadeiras.
                                       
  Os jogos e as brincadeiras infantis e a Educação Física      

Antes de recorrermos aos benefícios do jogo e brincadeiras nas escolas, vamos fazer um questionamento. O que é o jogo? Como podemos definir esta palavra que traz um imenso repertório lúdico? Para Lorezoni (2002) há uma diferença entre jogo e brincadeira. Diz o autor que “o jogo é uma brincadeira com regras e a brincadeira, um jogo sem regras” e que “o jogo se origina do brincar ao mesmo tempo em que é o brincar” (LOREZONI, 2002, p.53).

Kishimoto (1999) afirma que tentar definir o termo jogo não é tarefa fácil, pois quando se pronuncia a palavra jogo cada um pode entendê-la de modo diferente, pois uma mesma conduta pode se tornar jogo ou não-jogo em diferentes culturas. Pode-se falar de jogo de adultos, de crianças, de amarelinha, xadrez, contar estórias, brincar de mamãe e filhinha, futebol, dominó, quebra-cabeça e uma infinidade de outros. No entanto, cada um destes apresenta suas próprias especificidades e vai depender do significado que cada cultura atribui ao mesmo.

Ela ainda diz que a concepção de jogo não pode ser vista de modo simplista, mas pelo significado da aplicação de uma experiência, instrumentalizada pela cultura da sociedade. Isso significa que quando alguém joga, está ao mesmo tempo desenvolvendo uma atividade lúdica. Neste contexto podemos observar uma relação íntima entre atividade física e prazer.

Ao mesmo tempo, Huizinga (2000, p.33) propõe a seguinte definição para o jogo:
“[...] uma atividade de ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, seguindo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias dotadas de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana.


Para Huizinga (2000) um dos elos linguísticos mais importantes é o jogo: “o jogo é o um fato mais antigo que a cultura, pois pressupõe sempre a sociedade humana, ultrapassa os limites da atividade puramente física ou biológica e confere um sentido a ação” (HUIZINGA, 2000, p.03-04). Isso nos indica que o jogo é um fator essencial para o desenvolvimento da criança, deixando um domínio lúdico. Nela, está sustentada a necessidade do jogo como fonte de prazer e criação.
           
Os jogos e as brincadeiras populares fazem parte da cultura infantil e podem ser praticados nas ruas, quintais, pátio das escolas, terrenos baldios, áreas de lazer, ou seja, onde quer que existam espaços disponíveis para sua prática.

No Brasil, os jogos de rua e de salão têm variações locais, dependendo das influências que cada área recebeu. No interior dos estados brasileiros, nas cidades ditas como pacatas, ainda podemos encontrar crianças nos seus quintais confeccionando seus próprios brinquedos, geralmente são as crianças cujos pais não têm um maior poder aquisitivo.

Vygotski (1988, p.51) indica que “a relevância de brinquedos e brincadeiras são como indispensáveis para a criação da situação imaginária”. Assim, revela que “o imaginário só se desenvolve quando se dispõe de experiências que se reorganizam”. Desta forma podemos dizer que a riqueza e o acervo de brincadeiras constituirão o banco de dados de imagens culturais utilizados nas situações interativas.

O Brasil tem uma enorme diversidade cultural e isso nos possibilita trabalhar com os jogos de diferentes formas nas escolas. Na obra do Coletivo de Autores (1992) existe uma preocupação com a localização e a identidade da comunidade escolar, destacando que um resgate dos jogos infantis na escola suscitaria esse compromisso:

Num programa de jogos para as diversas séries, é importante que os conteúdos dos mesmos sejam selecionados, considerando a memória lúdica da comunidade em que o aluno vive e oferecendo-lhe ainda o conhecimento dos jogos das diversas regiões brasileiras e de outros países (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p.67).

Quando a criança joga, ela sai de um mundo concreto e vai para um mundo imaginário, onde lá ela pode criar suas próprias regras, resultando num processo criativo para modificar a realidade e o presente. O jogo satisfaz necessidades das crianças, especialmente a necessidade de ação. Para “entender o avanço da criança no seu desenvolvimento, o professor deve conhecer quais as motivações, tendências e incentivos que a colocam em ação (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p.66).

Não sendo o jogo aspecto dominante da infância, ele deve ser entendido como “fator de desenvolvimento” por estimular a criança no exercício do pensamento, que pode desvincular-se das situações reais e levá-la a agir independentemente do que ela vê.

Marcellino (2002) pressupõe que com o aumento da população urbana deixou-se de desenvolver uma adequada infra - estrutura que zelasse pelo lazer das pessoas. Em consequência, uma preocupação marcante, é o fato de haver cada vez menos locais onde as crianças possam expressar suas ações de brincar. Por outro lado Melo (1989) afirma que o avanço tecnológico dos meios de comunicação de massa, especialmente a televisão, levou a população infantil a modificar suas formas lúdicas. Como se pode constatar na seguinte afirmação de Melo (1989):

O repertório de movimentos foi amplamente reduzido, com a criança passando a desempenhar papel passivo diante de um receptor de televisão. O problema é ainda agravado pela transmissão de programas de questionável valor educativo (MELO, 1989, p.74).

Segundo Mello (1999), enquanto na sociedade industrial tivemos a substituição da atividade humana pela máquina, agora, verificamos a substituição do raciocínio humano pelos poderes eletrônicos da computação. As crianças, assim, perderam todo seu poder criativo de se emanciparem enquanto sujeitos para serem absorvidas pelo computador. Outra dificuldade que se observa para a preservação de jogos e brincadeiras infantis, de acordo com Melo (1989), diz respeito ao crescente número de brinquedos industrializados.

Há algum tempo as pipas e os carrinhos estão sendo substituídos por aviões e carros com controles remotos, as indústrias a cada dia que passa lançam brinquedos cada vez mais sofisticados, limitando assim a reflexão da criança. Neste sentido, Oliveira (1987) salienta que a sociedade capitalista, cuja organização está baseada na produção e no consumo de mercadorias, discrimina os brinquedos artesanais, confeccionados geralmente por quem brinca, adestrando as crianças a consumir produtos industrializados.
           
Vivemos em um país que apresenta uma grande diversidade cultural, sendo assim, é questionável o que leva a criança a não usufruir das diversas formas de manifestações que o Brasil oferece. Por exemplo, temos infinitas formas de expressão corporal, cantigas de roda, jogos e brincadeiras populares, capoeira, que cada vez mais, estão saindo do cotidiano devido à tecnologia estar presente em nosso meio, limitando as crianças a seus quartos que lá poderão apenas usufruir de jogos de computadores, vídeo games e programas de Tv.

Podemos, também, dar relevância a violência que cresce em nossas cidades e o crescimento destas que tomam os espaços de lazer e o crescimento da poluição, isso leva os pais a acharem que as crianças dentro de suas casas estão mais seguras esquecendo o universo lúdico que está ao seu alcance.

Faria Júnior (1996, p.59) afirma que os “jogos populares infantis, brinquedos cantados foram sendo perdidos (ou transformados) nos últimos cinquenta anos possivelmente como consequência dos processos de urbanização e de industrialização”.

Através da Educação Física que trabalha com a ludicidade de diferentes formas de manifestações, pode-se levar as brincadeiras antigas que fazem parte do universo infantil ao cotidiano das aulas. Através das brincadeiras a criança movimenta-se em busca de parceria e de exploração de objetos; comunica-se com seus pares; se expressa através de múltiplas linguagens; descobre regras e toma decisões.

Trabalhando com estes conteúdos podemos formar seres críticos, criativos e aptos a tomar decisões. Para isso podemos usar os jogos e brincadeiras populares no cotidiano das aulas de Educação Física, algo que será possível em nossas aulas para resgatar a cultura popular brasileira.




sexta-feira, 30 de março de 2012


EXERCÍCIOS RESISTIDOS NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS

Williams Beetowe Sousa do Nascimento Araújo

RESUMO

            Devido à crescente população idosa no Brasil e aos efeitos deletérios que a acomete durante o processo de envelhecimento, surgiu o interesse do estudo em buscar na literatura atual a importância dos exercícios resistidos na prevenção de quedas em idosos e sua consequente melhoria na qualidade de vida. A pesquisa encontrou que, através dos exercícios resistidos, pode-se diminuir ou, em alguns casos, reverter algumas variáveis do processo de degeneração que acomete o idoso, como por exemplo, a sarcopenia e a osteoporose. A prática da musculação aumenta a força e o equilíbrio que são as capacidades físicas mais importantes para que os idosos realizem as suas atividades da vida diária de uma maneira mais independente, tornando-se mais ativo, e assim, diminuindo-se o risco de quedas. Verifica-se na comunidade científica que o método do treinamento resistido é o que proporciona maiores vantagens para os idosos, porque ele é o mais adaptativo, mais eficiente e o que apresenta resultados mais rápidos.


Palavras-chave: Idosos. Exercícios Resistidos. Quedas.


1 INTRODUÇÃO

            Existem várias definições para envelhecimento, tanto no campo biológico, como no campo social. Quem melhor o define é Papaléo Netto (2006), segundo o qual o envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, que envolvem variáveis como hábitos de vida, fatores genéticos e doenças crônicas, ocorrendo alterações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que determinam perda gradual da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que terminam por levá-lo à morte. Comfort apud Freitas et al., (2002), o complementa afirmando que o envelhecimento é uma progressiva incapacidade de manutenção do equilíbrio homeostático em condições de sobrecarga funcional.
            É evidente o crescente aumento da população idosa em todo o mundo, isso se deve a infra-estrutura que as cidades oferecem e principalmente aos avanços na medicina. A Organização Mundial da Saúde OMS, classifica cronologicamente como idosa as pessoas com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60 anos de idade em países em desenvolvimento. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2009), existem cerca de 21,7 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa mais de 10% da população. Estimativas, do próprio órgão para o ano de 2025 apontam um número de 32 milhões de idosos.
            É notável que o envelhecimento populacional no Brasil esteja ocorrendo de modo acelerado e, acompanhado a este crescimento, observar-se um aumento relevante na prevalência de doenças crônico-degenerativas em idosos. Com isto, essa população tende a apresentar múltiplas correlações que potencializam grandes síndromes geriátricas como queda, demência e imobilismo, comprometendo a independência e a autonomia, gerando incapacidades, fragilidade, institucionalização e morte. O aumento da idade é diretamente proporcional à presença de múltiplos sintomas otoneurológicos associados, tais como vertigem e outras tonturas, perda auditiva, alterações do equilíbrio corporal, distúrbios da marcha e quedas, que, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2008), representam 12% de todos os óbitos na população geriátrica no Brasil.
            As consequências das quedas em idosos são além de possíveis fraturas e risco de morte, o medo de cair, a restrição a atividades físicas, o declínio na saúde e o aumento do risco de institucionalização, com isso, geram não só prejuízo físico e psicológico, mas também um aumento dos custos com os cuidados da saúde, expressos pela utilização de vários serviços especializados, e, principalmente, pelo aumento das hospitalizações.
            A atividade física se destaca como o principal meio de combate a essas causas, pois tem como objetivo a manutenção ou a recuperação da saúde, a sociabilização e o lazer, tornando-se de extrema importância para a qualidade de vida e a manutenção da independência da população idosa e na promoção de saúde. 
            Dentre as formas de exercícios físicos, o que mais se destaca na prevenção e na manutenção da saúde do idoso são os exercícios resistidos, porque através deles há um aumento significativo no ganho de força e benefícios ósseos, possibilitando que o idoso consiga realizar as atividades do cotidiano por mais tempo, com segurança e qualidade.
            Devido a esses fatores que envolvem o envelhecimento e dando-se conta da importância das atividades físicas na qualidade de vida do idoso, surgiu o interesse do estudo em pesquisar na literatura atual, a cerca de quais benefícios os exercícios resistidos trazem na prevenção de quedas em idosos, e o seu papel em proporcionar independência nas atividades da vida diária, o que acarretaria numa melhor qualidade de vida do idoso.


2 REVISÃO DE LITERATURA

            Segundo Lorda (1995), 70% da população idosa do Brasil são sedentários, esta estatística nos dá uma ideia da fragilidade da saúde dos idosos, pois outras enfermidades estão associadas ao sedentarismo como hipertensão, diabetes, obesidade, dislipidemia, aterosclerose, risco de infarto do miocárdio entre outros.
            No processo de envelhecimento, os dois sistemas que mostram um maior declínio na função são o sistema cardiovascular e o musculoesquelético. O sistema cardiovascular sofre várias alterações estruturais no decorrer da idade, envolvendo o miocárdio, o sistema de condução cardíaco e o endocárdio, nisso, há uma degeneração progressiva dessas estruturas, inclusive a perda da elasticidade, alterações fibróticas nas valvas do coração e infiltração amilóide, que é caracterizado por fibrilas que se depositam em vários órgãos, inclusive no coração, prejudicando sua função, com isso, acarreta numa menor contratilidade da parede do ventrículo esquerdo e na capacidade das artérias distenderem-se em resposta à ação de bombeamento do coração. Todas essas alterações fazem com que se tenha uma reduzida capacidade de bombeamento do coração, afetando a estrutura e a função da musculatura cardíaca.
            O sistema musculoesquelético é outro que passa por várias adaptações estruturais e funcionais importantes no decorrer da idade. Essas mudanças geralmente vêm em decorrência da inatividade física, assim como em resposta à doença, ao estado nutricional e à obesidade. Esses efeitos devem ser considerados quando se os examinam independentes do envelhecimento sobre a estrutura e a função da musculatura. A redução da massa muscular relacionada à idade é uma causa direta do declínio da força muscular com o envelhecimento, essa redução da força muscular é uma causa importante da incapacidade do idoso, uma vez que a força e a potência são componentes importantes da marcha, do equilíbrio e da capacidade de deambular. Além da perda da massa muscular ocorre também redução da massa óssea, principalmente em mulheres, caracterizando-se em osteoporose, que pode predispor à ocorrência de fraturas.
            Com todos esses sistemas em declínio os idosos são obrigados a levarem um estilo de vida, de certa forma, mais dependente. A capacidade funcional diminuída acaba que acometendo sua qualidade de vida, pois o impedem de realizarem as suas atividades da vida diária, forçando-os ao sedentarismo.
            Segundo Nóbrega et al., (1999), quando o idoso deixa de realizar várias tarefas devido ao medo do que possa acontecer, ocorre um ciclo vicioso, que começa com a inatividade física provocando descondicionamento e fragilidade musculoesquelética, perda do estilo de vida independente, menor motivação e menor auto-estima, ansiedade e depressão, e finalmente, inatividade física.      
            O que pode atrasar o aparecimento de patologias são os exercícios físicos, pois estes podem ser usados para prevenção, condicionamento e reabilitação, proporcionando uma melhor qualidade de vida e diminuindo-se o risco de quedas, que é uma das principais causas de morte em idosos no Brasil.
            As quedas em idosos estão associados a dois fatores, intrínsecos e extrínsecos. Aqueles são as alterações sensoriomotoras inerentes ao processo de envelhecimento, como por exemplo, as paresias, que são disfunções ou interrupções de um ou mais membros de uma maneira que o movimento se apresente limitado ou fraco, parestesias – sensações cutâneas subjetivas (frio, calor, formigamento, pressão, etc.) que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação, alterações visuais, diminuição de flexibilidade, de mobilidade e declínio cognitivo. Já os fatores extrínsecos estão associados às dificuldades que o ambiente o oferece, como por exemplo, escadas, terrenos irregulares, buracos, etc.
Segundo Rebelatto e Morelli (2004), uma boa qualidade de vida tem relação direta com a existência de condições ambientais que permitam aos idosos desempenharem comportamentos biológicos, sociais, e psicológicos adaptativos. Daí aparece o propósito dos exercícios físicos que é melhorar os fatores intrínsecos, ou seja, a capacidade física do idoso, para que ele possa lidar melhor com os fatores ambientais.          
Entre os exercícios físicos existentes, a ACSM - Colégio Americano de Medicina do Esporte (1998), classificam em três tipos: Aeróbicos, resistidos e de alongamentos e afirma que o treinamento resistido é o mais eficiente na prevenção de quedas em idosos, pois, uma vez que se melhora a força musculoesquelética, melhora-se o equilíbrio e a velocidade, que são essenciais para a realização das atividades da vida diária.
            Segundo Santarém (1997), os exercícios resistidos geralmente são realizados com pesos, embora existam outras formas de oferecer resistência à contração muscular. Musculação é o termo mais utilizado para designar o treinamento com peso. Do ponto de vista funcional, esses exercícios desenvolvem importantes qualidades de aptidão física, constituindo uma das mais completas formas de preparação, além do mais, esse tipo de exercício facilita a adaptação física individual, uma vez que possibilita o treinamento de todo tipo de pessoa, até mesmo das mais debilitadas. A prática da musculação não apresenta movimentos rápidos e nem desacelerações, por isso possui baixo risco de lesões traumáticas.
            Segundo a ACSM (1998), o exercício resistido é o método mais eficiente para promover adaptações morfológicas e essas, vão desde o sistema musculoesquelético ao tecido adiposo, proporcionando uma mudança da composição corporal mais acentuada.
            Assim, o exercício resistido é de suma importância no processo de envelhecimento devido às várias alterações morfológicas maléficas as quais o idoso é acometido. Segundo Faria et al., (2003), há uma perda progressiva da eficiência dos órgãos e tecidos do organismo humano no envelhecimento, em diferentes graus de declínio, destacando-se a perda da força muscular e do equilíbrio. No decorrer do envelhecimento ocorre a sarcopenia, perda da força muscular, que acontece devido ao declínio da massa muscular.
            Segundo Leite (1996), a redução da força muscular nos indivíduos entre os 35 e 50 anos de idade é de cerca de 6%, a partir dos 50 anos ocorre uma perda mais elevada, cerca de 10% por década. Ele também apresenta a relação entre a idade e a força muscular, onde podemos observar que ocorre um declínio pelo menos de 16,5% na força muscular após a terceira década de vida.  A redução do número de fibras musculares diz respeito aos dois tipos de fibras, mas a diminuição do tamanho afeta principalmente as fibras do tipo II, que está envolvida, sobretudo, no desenvolvimento rápido de força e em atividades que requerem muito dos músculos.
            Um estudo comparativo da massa, força muscular e do equilíbrio realizado por Pedro e Amorim (2008), avaliou a mobilidade do idoso gerada por um bom equilíbrio. Nesse estudo, foram avaliados 20 idosos do sexo masculino e faixa etária entre 60 e 74 anos de idade, divididos em grupos de praticantes e não praticantes da musculação. No estudo, ficou evidente que um aumento da força muscular, observado nos praticantes, intervém significativamente no equilíbrio. Portanto, o treinamento de força auxilia diretamente na melhoria do equilíbrio, principalmente no ato de deambular.
            Segundo Tinette (1996), a mobilidade é a habilidade de se locomover em um ambiente, sendo uma função complicada e composta de múltiplas manobras que, por sua vez, dependem de uma integração de múltiplas características: físicas, cognitivas e psicológicas. A musculação, por ser uma atividade em que se desenvolve a força muscular e propicia ao idoso uma vivência em conjunto, acaba tendo um papel fundamental na melhora da situação cognitiva e psicológica desse. Logo, após vivenciar essa experiência o torna mais apto a realizar as tarefas do dia-a-dia e manter um melhor equilíbrio em relação aos idosos não praticantes da musculação.
            Outro estudo realizado por Soccol e Pinto (2009), mediu a relação do trabalho de musculação em idosos. No estudo foram utilizados o teste de sentar e levantar em 30 segundos e o teste de flexão de cúbito, junto a esses dois testes utilizou-se um questionário investigativo de queda ocorrido nos últimos anos. Observou-se que os idosos praticantes da musculação que se submeteram ao estudo não sentem medo de sofrerem quedas nas atividades diárias. Dessa forma, a musculação demonstra ser uma das melhores opções para promover a capacidade funcional dos idosos.
            Para que se evidenciem os benefícios da musculação é necessário que o praticante treine com cargas a cima dos 70% da força máxima, pois, ocorrerá melhor hidratação, melhor vascularização e aumento do tecido conjuntivo e hipertrofia da fibra muscular e, consequentemente, aumento da força.
            A grande eficiência em estimular a massa muscular e óssea apresentada pelos exercícios resistidos chama a atenção na sua utilização e na eficiência de promover saúde para o idoso em que a osteopenia - perda de mineral ósseo geralmente resultante do processo de envelhecimento, e a sarcopenia estão presentes. Esta ideia foi estimulada pela constatação de que a mobilidade articular, geralmente limitada no idoso, também melhora rapidamente.
            Estudos realizados por Santarém (2000), documentaram não apenas a eficiência, mas também a segurança dos exercícios com pesos para idosos, pessoas debilitadas ou doentes, desde que estes sejam orientados por profissionais competentes.
            O trabalho de musculação traz benefícios também para a densidade óssea, fazendo com que o risco da osteoporose reduza consideravelmente.
            A osteoporose pode se apresentar em três tipos: Tipo I, pós-menopausa gerada por uma queda na produção de estrogênio o qual está vinculado a massa óssea. Tipo II ou senil que é causada devido às quedas hormonais no sedentarismo e, finalmente, o Tipo III, relacionada ao uso de medicamentos, principalmente ao uso de corticóides. O tratamento pode ser farmacológico ou não, sendo que no tratamento farmacológico são utilizadas reposições hormonais, biofosfatos, calcitonina e MSREs (moduladores seletivos de receptores de estrogênio), e, no tratamento não farmacológico, utilizam-se suplementos de cálcio e vitamina D. Sendo a nutrição e a atividade física os meios mais corretos para se combater a doença.
            Segundo o Departamento Americano de Saúde e Serviços HumanosUSDHHS - (1991) apud Frontera et al., (2001), alguns fatores são considerados de risco para essa patologia. Dentre eles, o fato de o individuo, principalmente do sexo feminino, ter tido menopausa precoce, ser de idade avançada, ser de raça branca ou amarela, o fator genético, ser sedentário, ter dieta pobre em cálcio, ter removido os ovários na pré-menopausa, ter usado esteróides anabolizantes, ter irregularidade menstrual, anorexia nervosa, etc.
             Em contramão a esses males que podem contribuir para o desenvolvimento da osteoporose, alguns estudos demonstram que o osso se adapta a cargas físicas e mecânicas impostas a ele, alternando sua massa e sua força. O treinamento a 80% de 1RM, com mais de 8 repetições, gera aumentos consideráveis na massa óssea de indivíduos adultos.
            A ingestão de cálcio por si só não determina o ganho de massa óssea, pois ela fica restrita à corrente sanguínea. Só há ganho de massa óssea quando ocorre um processo denominado Efeito Piezoelétrico, que é a capacidade de produzir eletricidade a partir de um estresse mecânico, e, consegue-se isso através de compressão que é dada através de peso ou impacto.
No Efeito Piezoelétrico há o surgimento de cargas negativas no local da compressão e cargas positivas em outras áreas. Bankoff, Zylberberg e Schiavon (1998) apud Buiate e Gonçalves et al., (2008), cita que quantidades mínimas de correntes elétricas estimulam os osteoblastos - células formadoras de tecido ósseo - na extremidade negativa que está sendo comprimida, aumentando a formação óssea nesta região.
            Os exercícios com pesos ou aqueles em que o indivíduo tem que suportar o peso corporal, Segundo Raso et al., (1997), são bastante eficientes para estimular o Efeito Piezelétrico no osso, pois a musculação promove maior força de compressão sobre o osso gerando maior atividade osteoblástica e aumentando a formação do tecido ósseo.
            A força chega ao osso através de uma contração muscular vigorosa, quanto mais vigorosa a contração muscular, maior compressão se consegue sobre o osso, aumentando a eficiência do Efeito Piezoelétrico. Na musculação tem-se que trabalhar com as cargas ideais, respeitando-se a individualidade biológica, pois quando assim se trabalha ocorrerá um melhor estímulo para o músculo e para o osso, se o exercício não for vigoroso e intenso, não surtirá esse efeito, logo, não haverá aumento da densidade óssea.
Com um sistema musculoesquelético mais bem preparado diminui-se a ocorrência de quedas, e no caso de uma eventualidade, com os ossos mais enrijecidos, o idoso terá maior dificuldade de sofrer uma fratura.
            O treino de força leva à hipertrofia das fibras tipo I e II, sobretudo, um aumento da força muscular dos membros superiores e de membros inferiores, aumento da capilaridade, melhora da flexibilidade e diminuição de quedas.
            Ultimamente se destacou muito a musculação como prevenção de doenças, e reabilitação para a 3ª idade. Independente de seus problemas específicos, todos os idosos devem fazer musculação, de certo modo adaptado para aqueles que apresentem problemas de saúde, pois sempre existe um método para que se possa realizar um treinamento eficiente e seguro.
            Quando se fala em segurança, é importante destacar os fatores que levam a uma lesão, como por exemplo, uma compressão excessiva e abrupta, tração, torção, impacto e repetições, pois estes são fatores de risco para o sistema musculoesquelético. A musculação é onde se tem maior controle sobre essas variáveis, porque não apresenta mudanças abruptas de direção e não há desaceleração repentina, assim, há um maior controle na força de compressão no movimento realizado.
            Um estudo realizado por Fiataroni et al., (1994), com idosos de 72 a 98 anos de idade, onde se realizou um treinamento com pesos e concomitantemente a realização de suplementação nutricional, mostrou que houve um aumento na velocidade de andar (11%), potência de subir escadas (28%) e aumento da atividade física espontânea (34%) mostrando melhoras nas atividades da vida diária.
            A prática do treinamento com peso em indivíduos idosos consiste numa importante ferramenta para a melhoria da aptidão física, pois, melhorando-se a mobilidade diminui-se o risco de quedas, logo, o idoso se sente mais independente o que acaba por melhorar sua auto-estima e saúde, proporcionando uma melhor qualidade de vida e evitando internações precoces em casas geriátricas. Portanto, Quando se obtém um aumento da força e potência muscular consegue-se independência para a realização das atividades diárias e redução de do risco de quedas.
            Observam-se, através de vários estudos, como os realizados por realizado por Soccol e Pinto (2009), que bastam apenas algumas semanas de musculação para que se tenha uma melhora nos níveis de força muscular dos idosos.
            Com a prática da musculação consegue-se melhor equilíbrio, que junto com a força, são as capacidades físicas mais importantes para a prevenção de quedas em idosos. Portanto, um trabalho direcionado ao idoso lhe permite mais independência no seu cotidiano, mais autonomia em suas decisões, diminuição do consumo de medicamentos, aumento da força muscular, aumento da flexibilidade, agilidade e melhora do equilíbrio.

3 CONCLUSÃO

            O processo de envelhecimento é um aspecto biológico natural que ocorre com cada indivíduo, e está associado a importantes alterações estruturais e funcionais. Vindo de encontro a essas alterações, os exercícios resistidos são os mais indicados para atender às necessidades dos idosos, pois colabora para o aumento da força muscular, aumento da velocidade de movimento, melhora no equilíbrio, diminuição do risco de quedas e, consequentemente, de fraturas ósseas. Com uma melhor aptidão física, o idoso estará mais apto para realizar as suas atividades da vida diária de uma maneira independente, obtendo uma melhor qualidade de vida. As modificações no equilíbrio através do método de exercícios resistidos é uma das capacidades físicas importantes na prevenção de quedas em idosos, que não está bem esclarecida na literatura. Por isso, necessita-se de mais estudos para que se evidencie a melhora dessa capacidade, pois ela é vital para a saúde assim como a força.


4 REFERÊNCIAS


1. ACSM (American College of Sports Medicine). The recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory and muscular fitness in healthy adults. Med Sci Sports Exerc 1998;30(6):975-91. Disponível em: <http://www.acsm.org/> Acesso em: 20 Abr. 2010.

2. ANDERSON, M.I.P.; et al. Saúde e qualidade de vida na terceira idade. V. 1 n.1 Rio de Janeiro Nov. 1998. Disponível em: <http://www.unati.uerj.br/tse/scielo.phpcriot=sci_ arttext&pid=s1517-5821998000100003&ln g=pt&nrm=isso>. Acesso em: 17 Abr. 2010.

3. AZEVEDO, J. R. D. As quedas na terceira idade. 2002. Disponível em:<http://www.ficarjovemlevatempo.com.br/monta_tela.php4?page=conteudo&cod_cona=441&ns=teterceiraidade2002>. Acesso em: 18 Abr. 2010.

4. BUIATE, Michelle Souza; GONÇALVES, Alexandre. Efeito das atividades aquáticas e treinamento de força sobre a densidade óssea: implicações sobre a osteoporose. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd119/atividades-aquaticas-treinamento-de-forca-sobre-a-densidade-ossea.htm> Acesso em: Set. 2010.


5. CUNHA, C. Risco de quedas, 2004. Disponível em: <http://www.mabesa.com.br/ dicas_saud e06.htm>. Acesso em: 18 Abr. 2010.

6. DIAS, Raphael Mendes Ritti; GURJÃO, André Luiz Demantova; MARUCCI, Maria de Fátima Nunes. Benefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idosos. Disponível em:<http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/92CC227532D17E56E07902B254DFAD10/editoracao_vl_13_n_02_90-95.pdf> Acesso em: 20 Abr. 2010.

7. FARIAS, Ivan Gabriel da Silva Rodrigues de, RODRIGUES, Teresa da Silva. Exercício resistido: Na saúde, na doença e no envelhecimento. Disponível em: <http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2009/trabalho/aceitos/PO30198802897.pdf> Acesso em: 20 Abr. 2010.

8. FERREIRA, Jonas; JÚNIOR, Moacyr Portes; NUNES, Paulo Rogério da Silva. Musculação na terceira idade: Em busca da autonomia nas atividades diárias. Disponível em: <http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/ viewFile/3860/2654> Acesso em 20 Abr. 2010.

9. GONÇALVES, Raquel; GURJÃO, André Luiz Demantova; GOBBI, Sebastião. Efeitos do treinamento resistido sobre a capacidade cardiorrespiratória de indivíduos idosos. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd97/idoso.htm> Acesso em: 19 Abr. 2010.

10. GUCCIONE, Andrew A. Fisioterapia geriátrica. 2. Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Pg. 13 – 73

11. IBGE, 2010. População / Projeção da População/Metodologia. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br> Acesso em: 20 junho. 2010.

12. JACOBE FILHO, W.; PASCHOAL, S. M. P. Alterações de equilíbrio e prevenção de quedas no idoso. São Paulo, 2001. Disponível em: <http://www.wgate.com.br>. Acesso em: 12 Abr. 2010.

13. LEITE, P. F. Exercício, envelhecimento e promoção de saúde. Belo Horizonte: Editora Health, 1996.

14. LORDA, Raúl C. Recreação na terceira idade. Rio de Janeiro: Sprint, 1995,

15. MACHADO, Samyra Nery; MACHADO, Carolina Nery; ARAÚJO, Juliana Queiroz; SANTORO, Karina. O Treinamento de potência muscular e o idoso: Uma revisão. Disponível em: <http://www.portalsaudebrasil.com/artigospsb/id oso054.pdf> Acesso em 16 Abr. 2010.

16. MACIEL, A.C.C.; GUERRA, R.O. Prevalência e fatores associados ao déficit de equilíbrio em idosos. R. bras. Ci e Mov. 2005; 13(1): 37-44.

17. MATHEUS, Papaléo Neto. Tratado de gerontologia. 2. Ed. Ver. E ampl. – São Paulo: Editora Atheneu, 2007.

18. MATSUDO, Sandra M. Mahecha. Avaliação do Idoso: física e funcional. Editora Midiograf, 2ªed, 152p., Londrina, 2005.

19. NÓBREGA, Sonalle de Oliveira Barros; PONTES, Luciano Meireles de; TORRES, Mônica da Silveira; SOUSA, Maria do Socorro Cirilo de. Análise auto-avaliação da capacidade funcional por atividades de vida diária (AVD’s) de idosos cadastrados em postos de saúde da família (PSF) do município de João Pessoa. Disponível em: <http://www.sanny.com.br/pdf_eventos_conaff2/Art igo21.pdf> Acesso em 16 Abr. 2010.

20. PEDRO, Edmila Marques; AMORIM, Danielle Bernardes. Análise comparativa da massa e força muscular e do equilíbrio entre indivíduos idosos praticantes de musculação. Disponível em: <http://www.emersonalmeida.com.br/pesquisas/ Con-2008-295[1].pdf> Acesso em 15 Abr. 2010.

21. REBELATTO, José Rubens; MORELLI, José Geraldo da Silva. Fisioterapia Geriátrica. Barueri – São Paulo: Editora Manole, 2005. 268p.
22. RIBEIRO, Angela dos Santos Bersot; PEREIRA, João Santos. Melhora do equilíbrio e redução da possibilidade de queda em idosas após os exercícios de Cawthorne e Cooksey. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rboto/v71n1/a08 v71n1.pdf> Acesso em 15 Abr. 2010.

23. SANTAREM, J, M. Atualização em exercícios resistidos: Metabolismo energético. Âmbito Medicina Desportiva, São Paulo, ano. III, n. 32, p. 34-35, 1997.

24. SANTIAGO, R. T. Quedas em idoso, 2004. Disponível em: <http://www.wgate.com.br> Acesso em: 17 Abr. 2010.

25. SEM, Pereira; S, Buksman. Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Disponível em: <http://www.p rojetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/082.pdf> Acesso em 15 de Abr. 2010. 
26. SOCCOL, Caticia Piloni; PINTO, Luiz Roberto da Costa. Avaliação da força em idosos praticantes de musculação do Centro de Convivência Padre Firmo. Disponível em: <http://www.univag.edu.br/adm_univag/Modulos/Connectionline /Downloads/07___Avaliacao_da_forca_em_idosos....pdf> Acesso em: 20 Abr. 2010.

27. ROBERTO, Simão, 1955 – Fisiologia e prescrição de exercícios para grupos especiais. – 2.Ed. – Rio de Janeiro: Phorte, 2007. Pg. 121 – 127.

28. TINETTI, M. E. Performance-oriented assessment of mobility problems in elderly patients. The journal of the american geriatric society. v. 34, p. 119-26, 1986. Disponível em: <http://pequi.incubadora.fapesp.br/portal/testes/tinetti/?port al_status_message=N%C3%A3%20foi%20poss%C3%ADvel%20enviar%20email%3A%20Invalid%20email%20address%3A%20postmaster%40localhost> Acesso em: Set. 2010.

29. ZAWADSKI, Adriana Baratela Ribeiro; VAGETTI, Gislaine Cristina. Motivos que levam idosas a frequentarem as salas de musculação. Disponível em: <http://www.unipinhal.edu.br/movimentopercepcao/include/getdoc.php?id=323> Acesso em: 20 Abr. 2010.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Treine Hoje para Vencer Amanhã

Olá meus queridos leitores do blog Na Medida, hoje trago para vocês um artigo feito pela Companhia Athletica onde você poderá esclarecer algumas dúvidas voltadas ao treinamento.
Uma boa leitura a todos.


Não há dúvidas de que treinar nos dias frios é sempre mais difícil do que investir no preparo físico durante o verão. Mas é possível, com algumas dicas, seguir firme com o planejamento e a preparação durante o inverno para manter o ritmo e chegar bem  e em forma quando as temperaturas voltarem a subir.

 É comum que as pessoas percam a disposição para sair de casa e encarar as baixas temperaturas para treinar, entre os meses de maio e julho. Esse desânimo aliado à tendência natural do organismo  por pura necessidade energética  de consumir alimentos mais calóricos pode ter um efeito bombástico no final da estação. Baixa na performance, queda de ritmo e o ganho de alguns quilos são alguns dos fatores mais comuns notados em quem pára de treinar por um determinado período. Voltar à forma, a partir daí, também fica mais difícil.

 A perda da assiduidade nas sessões de treinamento, muitas vezes comum entre os corredores, faz com que ao término da temporada de frio tenhamos um indivíduo com baixo volume de treino e queda na performance. Além disso, é fatal o aumento da percepção de esforço para uma quilometragem antes relativamente cumprida com facilidade.
 Ser ativo no inverno é fundamental para se manter a motivação, o condicionamento físico e a boa forma.

Como treinar?

Antes de começar a sessão de treinamento, é importante fazer um bom aquecimento, seguido de uma série de alongamentos preparatórios. Deve ser um trote leve, solto, por aproximadamente dez minutos. Camisetas de manga longa, confeccionadas especificamente para corrida, luvas e gorro, são bons aliados para espantar o frio.

Outra dica importante é manter o corpo aquecido também após o treinamento, antes da sessão final de alongamentos. É conveniente trocar a camiseta usada por uma seca, e se agasalhar antes de se alongar novamente. Isso permite que o corpo esfrie lentamente, da mesma forma que se aqueceu.

Alternar os treinos na academia com atividades ao ar livre, mesmo com as temperaturas baixas, ajuda quem pretende participar de provas e levar a corrida ainda mais a sério. Muitas delas são organizadas durante o inverno e permitem que se dê continuidade prática à rotina de treinos.

Cuide da alimentação

  Os cuidados com a alimentação não podem ser deixados de lado. Nosso organismo tem mecanismos que aumentam o metabolismo corporal, elevando a fome e o apetite pelos alimentos gordurosos, que esquentam mais. Mas esse aumento do consumo de gordura no inverno pode trazer os quilinhos a mais, indesejáveis no verão, e também diminuir a performance no treino", explica a nutricionista esportiva Gabriela Chamusca. Além de ensinar como nosso corpo funciona quando as temperaturas caem, ela dá dicas de como é possível trabalhar durante o inverno para chegar com um preparo legal no verão.

 É bom ter cuidado com fondues, chocolates quentes, canjicas, sopas gordurosas e também com as bebidas alcoólicas. Aproveite para consumir alimentos quentes, mas com poucas calorias, como chás, chocolates quentes com leite desnatado, sopas light e fondues de caldos. E, quando o assunto é treinamento, a receita tradicional sempre funciona, independentemente da estação do ano. Para esquentar, não engordar e não perder rendimento, alimente-se preferencialmente com carboidratos e não deixe de treinar.

 A chave do sucesso nos treinamentos é o preparo consciente. Comer bem, evitar exageros e trabalhar pela motivação constante, mantendo o ritmo, são fatores indispensáveis para garantir o sucesso na performance durante o ano todo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Obesidade Hoje.


Prestando atenção no dia-dia das pessoas, vendo que crianças e adultos a cada dia que passa se movimentam menos, resolvi falar um pouco sobre esse assunto que hoje é a causa de uma doença que mata mais do que a fome, a OBESIDADE.

A obesidade é consequência de péssimos hábitos alimentares associados ao sedentarismo, ou seja, quando ingerimos mais calorias do que gastamos. Vejo que com o passar do tempo e com toda essa revolução tecnológica onde surgem mais e mais brinquedos eletrônicos, controles remotos, e até mesmo a violência urbana fazendo com que as crianças que antes viviam correndo nas ruas, brincando de esconde-esconde, polícia ladrão, futebol e etc. Se resumem a uma TV ou computador, cujo único movimento que eles fazem é o do dedo no teclado. A Educação Física tem um papel muito importante para o desenvolvimento físico e cognitivo da criança.

E para os mais velhos que tem o costume de viver enfurnado na sua casa e que diz não ter tempo para praticar alguma atividade física eu AFIRMO, é mentira sua! Será que em 24 horas de um dia, você não pode tirar se quer meia hora para se movimentar? Acho muito difícil dizer que não. Fique atento, o sedentarismo é considerada a doença do novo milênio. Entre as principais doenças relacionadas ao sedentarismo estão: a hipertensão arterial, obesidade, aumento do colesterol LDL, diabetes mellitos, ansiedade, infarto do miocárdio e grandes possibilidades de morte súbita.

Com o combate ao sedentarismo a população teria inúmeros benefícios para a saúde e sua cidade, pois o dinheiro gasto com as despesas hospitalares poderiam estar sendo investidas em áreas diversas. Um exemplo prático disso vem sendo aplicado em São Paulo na campanha “Agita São Paulo”, melhorando assim a qualidade de vida dos participantes, pois é possível obter melhoras na saúde com um mínimo de 30 minutos de atividades físicas diárias ou também com um dispêndio calórico semanal acima de 2.200 kcal. 

Fica a dica: Façam atividades físicas diariamente, se não tem tempo? Use escadas, pule, dance e tenha uma boa alimentação, seu corpo agradece.



Prof° Beethowen 
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dietas da Moda

Hoje em dia pessoas são capazes de fazer loucuras para perder aqueles quilinhos indesejáveis para conseguir chegar aos objetivos desejados, ou seja, perder 3, 4, 5 quilos.. E para isso costumamos trocar a prática de atividades físicas, onde vamos ter que suar a camisa e deixa a preguiça de lado, pelas famosas DIETAS DA MODA.

E o que são Dietas da Moda? São dietas que geralmente não tem nenhum embasamento científico que comprove as suas funcionalidades. Muitas das vezes trazem bastante risco a saúde. Normalmente essas dietas eliminam o consumo de determinados grupos de alimentos e exageram na ingestão de outros.
A dieta da proteína, a dieta do tipo sanguíneo, a de Atkins e outras tantas partem de um ponto generalista de necessidade nutricional e não da compreensão de cada indivíduo e dos hábitos que moldamos ao longo de nossas vidas.
As pessoas que fazem uso das dietas da moda perdem peso muito rápido, porém tudo que vem rápido também volta rápido, e no caso das dietas, muitas das vezes a pessoa volta a seu peso com o acréscimo das indesejáveis estrias por conta da flacidez que o efeito sanfona ocasiona, acontece muito também do mesmo ganhar mais do que ele já tinha antes, dificultando mas ainda o emagrecimento.
De onde então saiu o peso perdido? De água. A redução vem do que chamamos de massa magra, ou seja, da parte do corpo sem gordura. A massa corporal é composta por ossos, pele, vísceras, músculos, gordura e tecido nervoso. Quando reduzimos o peso rapidamente, comprometemos as reservas de água localizadas em todos os tecidos acima, com exceção do tecido de gordura. Tiramos água da pele e dos músculos, que apresentam maior conteúdo hídrico de todo nosso organismo. Já as células de gordura são pobres no líquido e, por isso, não são afetadas por esse tipo de dieta.
Então, para obter o corpinho desejado por todos, o melhor é visitar o Nutricionista aliado de um bom Personal Trainer e deixar de lado as dietas da sopa, dos sucos, da lua, da proteína, tipo sanguíneo, da USP, etc. Priorize uma perda de peso com qualidade e saúde que é o mas importante.
Prof° Beethowen 
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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Personal Trainer



    Personal Trainer é um trabalho voltado para atividade física desenvolvida com base em um programa particular, especial, que respeita a individualidade biológica, preparada e acompanhada por profissional de Educação Física, realizada em horários preestabelecidos para, com segurança, proporcionar um condicionamento adequado, com finalidade estética, de reabilitação, de treinamento ou de manutenção da saúde.
         
   Hoje o mercado encontra-se em alta por conta dos resultados que o cliente consegue adquirir em um curto período de treino. Os métodos de treino também se expandiram muito, onde, o treinamento funcional ganhou mercado pela sua metodologia dinâmica que agrada o aluno aliado aos bons resultados.

        


    Prof° Beethowen 
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